Paulo Reglus Neves Freire

Caixa de texto: LER AS PALAVRAS , LER O MUNDO.

Mais um pensador contemporâneo, desta vez, brasileiro, nascido aos 19 de setembro de 1921, em Recife / Pernambuco. É considerado o mais célebre educador brasileiro.
Paulo Reglus Neves Freire, estudou no colégio Oswaldo Cruz, onde concluiu o ensino médio. 
Ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1943 e em 1947, passou a lecionar no Setor de Educação e Cultura do Serviço Social da Indústria. Educação e Atualidade Brasileira  foi escrito em 1959, para o concurso pela cadeira de história e filosofia da educação, da Escola de Belas Artes de Pernambuco, tornando-se livre docente. Em 1963, alfabetizou um grupo de trabalhadores rurais de Angicos/RN e um ano mais tarde, o Programa Nacional de Alfabetização de Adultos (PNA), foi oficializado, sendo vetado três meses depois, pelo governo militar. Paulo Freire exilou-se inicialmente na Bolívia, seguindo para o Chile, onde viveu e trabalhou até 1969, ano em que foi escrito um de seus livros mais famosos A pedagogia do oprimido. Também viveu e lecionou nos Estados Unidos e Genebra, tornando-se consultor Mundial das Igrejas.
Retornou ao Brasil em 1979 e lecionou nas Universidades PUC/SP e UNICAMP/SP, assumindo dez anos mais tarde a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Assumidamente político, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores, nesta mesma época.  Paulo Freire faleceu em 02 de maio de 1997.

O trabalho

O trabalho de alfabetização de adultos foi uma de suas maiores contribuições à educação. Sua crítica aos métodos tradicionais, onde a ideia de que ensinar significa transmitir saber, o levou a crer que a missão do professor é possibilitar a produção do conhecimento.
Para Freire o papel do professor é diretivo informativo, levando os alunos a conhecer o conteúdo, porém não como verdade absoluta. Não se ensina nada a ninguém, mas também não se aprende sozinho. Segundo este pensador pernambucano “os homens se educam entre si, mediados pelo mundo”. Por esta razão, o aluno alfabetizado ou não, chega à escola levando cultura, que não é pior nem melhor do que a do professor.
Na sala de aula, ambos aprendem juntos, no processo das boas relações afetivas e democráticas.
Paulo Freire propunha aos alunos que “lessem o mundo ao ler as palavras”, por isso as cartilhas foram criticadas, pois a alfabetização constitui um processo a ser construído conscientemente, partindo da participação do aluno no meio social, como sujeito da ação - sua história, vivência e crença. Devolvendo às pessoas o direito de resgatarem sua humanidade roubada pelos que “sabem mais”. A proposta de humanização das pessoas – homens e mulheres - constitui a base da teoria do conhecimento de Freire. Com seu método, Paulo deseja muito mais que a memorização de letras e sílabas que, juntas formam frases. Escrever significa entender a palavra, ler o mundo. O homem analfabeto desconhece a linguagem escrita, mas não a linguagem oral, por isso,  parte da palavra dita, sabida e conhecida. O método de Freire desafia homem e mulher a se alfabetizarem, se conscientizarem e politizarem, incorporando o código escrito e adquirindo uma visão mais ampla da linguagem e do mundo.     
Ética, respeito e política, formam a base da metodologia desenvolvida por Paulo Freire.

Pensando com Paulo Freire para Alfabetizar

- Levantamento do vocabulário dos alunos;
- Reuniões dos círculos de cultura – roda da conversa sobre assuntos diversos, ligados à cultura e à vida cotidiana;
- Fichas de cultura – problematização.  O educador apresentava fichas com desenho para que os educandos falassem sobre seus significados;
- Seleção das palavras ou temas geradores – após a problematização os educandos  começam a formar as palavras-chave e as ideias a que o grupo chegou, mediados pelo educador, a partir das fichas
- Trabalho com as palavras-chave – início da sistematização do processo de alfabetização. É o momento de contato do educando com o universo letrado – escrita e leitura de palavras cheias de significado.

 “Só existe saber na invenção,
na reinvenção, na busca inquieta,
impaciente, permanente,
que os homens fazem o mundo,
com o mundo e com os outros.”...Paulo Freire

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